Além da "panelinha"
- Miguel Orsini
- 14 de fev. de 2024
- 2 min de leitura

Hoje, vamos falar da Cena, onde texto (superfície) e subtexto (camadas ocultas, entrelinhas) se misturam em uma dança mágica, tecendo significados para além do superficial em algumas cabeças.
“Pô, Se Vira, fui pego pelo título achando que vocês iam abordar a cena do rock cristão underground. Esse tipo de cena aí, com texto e subtexto, nada tem a ver com música.”
Será mesmo?
“O amor mais louco do mundo / Dá atenção a quem não presta / Sorri pra quem a maioria detesta / Perdoa quando nada mais resta”
Há ou não há uma cena com texto e subtexto aqui? A quarta-feira de cinzas em nada interfere nas imagens incríveis em cores de Almodóvar. A cidade está cheia de tinta, confirma Marcos Almeida logo no início de Rookmaaker. Mas voltemos ao “Louco Amor” da banda Tanlan, que encabeça nossa playlist no Spotify.
Texto: Uma descrição do amor incondicional que desafia as normas e expectativas sociais.
Subtexto: (Parêntese se abrindo rapidão)
Aqui, infelizmente, nem todos têm a mesma sensibilidade para captar o subtexto de uma cena. Falta sensibilidade artística, contexto cultural, aquela visão de mundo, percepção... que o professor José Geraldo deixou claro não ser possível discutir com a deputada. Lembra? Por sorte, às vezes, é só Deus tirando a poesia, como disse Adélia Prado mesmo.
(Parêntese se fechando)
Subtexto: Uma reflexão sobre a natureza do amor, capaz de perdoar e amar mesmo aqueles considerados "indignos".
Cena: A mente do ouvinte é transportada para um mundo onde o amor reina supremo, transcendendo julgamentos e preconceitos.
Ah, caro cascudo, essa é a cena que queremos criar junto com você. Até porque aquela outra, geralmente não se cria; no máximo, se estabelece uma “panelinha”, a real simplesmente acontece.